Atualizado: 6 de mai. de 2023
Contextualizando o processo de luta por direitos:
Exclusão:
Até o final do século XIX, pessoas com deficiência foram consideradas sem valor, portanto, “inválidas”. Costumava-se removê-las de seus territórios, ou isolá-las em cômodos à parte e vetar sua participação na vida comum, pois não eram consideradas parte da sociedade. Sua existência era rejeitada, sua vida social, negada.
Segregação:
Entre as décadas de 1910 e 1940, pessoas com deficiência foram consideradas como carentes de assistência e/ou auxílio. Por isso, eram frequentemente encaminhadas a instituições públicas ou privadas onde ficavam, na maioria das vezes, por toda sua vida. Sua existência era considerada apenas no contexto de internação.
Integração:
Entre as décadas de 1950 e 1980, pessoas com deficiência foram compreendidas a partir do modelo médico. A deficiência tornou-se alvo de tratamento, com objetivo de cura ou resolução do “problema”. Nesta tentativa de reabilitar, ou seja, tornar hábil, quem deve mudar é a PcD, não a sociedade. Surgem classes especiais nas escolas comuns e os que se provassem aptos, podiam migrar para as salas regulares. Sua existência era considerada um “erro” que deve ser corrigido para que se possa pertencer à sociedade.
Inclusão:
De 1990 para cá, as pessoas com deficiência têm sido mais compreendidas a partir do modelo social. Este, considera que o problema não está na PcD, mas nas barreiras que a sociedade impõe para essas pessoas. Deste modo, não cabe a estas pessoas o único esforço de pertencer, cabe à sociedade o exercício de incluir, ou melhor, de se constituir de um modo que seja de todos e para todos os cidadãos.
Este texto foi pensado a partir de um curso que nós fizemos, se chama “Portas abertas para a Inclusão”. Ele é gratuito, basta acessar: https://www.portasabertasparainclusao.org/ead/.
Rianne Zabaleta
