Atualizado: 20 de set. de 2023
Eu já li que a linguagem, apesar das inúmeras vantagens de comunicação e socialização que traz consigo, pode levar a uma separação entre o que é falado e o que é sentido.
Concordo. Com isto e com o oposto.
Ou seja, também acredito na capacidade das palavras carregarem o sentido, digo, o que foi sentido, o afeto, o vivido, para além do compreendido.
Acredito nas falas sentidas e em sua potência. Nas falas que trazem o sabor da experiência para o agora. Que eriçam os pelos da pele, injetam adrenalina no corpo ou mesmo inundam os olhos de alegria ou tristeza.
Nas falas que, no percurso, se despreocupam com o outro que escuta porque estão imersas em si mesmas. Este outro, que escuta, foi apenas chave que abriu porta.
Foi apenas um “outro” para ouvir. Ou abrir.